De acordo com dados do Jornal do
Senado, estima-se que entre 4 e 6 milhões de brasileiros sofram com o distúrbio
chamado síndrome ou transtorno do pânico. Nos Estados Unidos, onde foi
realizado um número maior de pesquisas sobre o problema, os especialistas
afirmam que 3,5% da população sofrem da síndrome e que 71% dos casos ocorrem em
mulheres.
Os índices divulgados são
anteriores ao aparecimento do Covit 19, em 2020, em decorrência do alarde
global nem tanto por conta da gravidade, mas pela rapidez como o vírus se
alastra, os números poderão aumentar consideravelmente.
O pânico que está sendo gerado
entorno do novo vírus cria realidades alternativas que dificultam a
racionalidade e embora não estejamos, por enquanto, a viver uma situação de
pânico generalizada essa situação pode vir a acontecer.
O cenário atual de fortes
incertezas poderá resultar em um aumento dos números de casos de Síndrome do
Pânico no mundo todo, pois a determinação de isolamento vem gerando um
transtorno que se acentua a cada nova notícia divulgada pela imprensa mundial,
visto que não existe uma previsão de quando isso tudo terminará. E se
terminará.
O mundo todo já vinha enfrentando
uma crise severa, mas alguns países como o Brasil estavam conseguindo fazer um
caminho inverso e vinha registrando índices tímidos de crescimento quando o
vírus apareceu. O despreparo mundial para lidar com um vírus desconhecido teve
impacto direto na economia de todos os países e o Brasil se vê de novo tendo
que recomeçar, com o agravante de uma economia que sofreu um forte impacto nos
últimos anos com os desdobramentos dos escândalos envolvendo corrupção em seu
governo.
A população que estava se
sentindo confiante e esperando uma melhora significativa, agora se vê
preocupada e com medo do futuro. As plataformas de mídia social lançam alertas
a todo o momento, e o volume de informação sobre o tema gera angustia e
contribui para que grande parte da população comece a temer o pior.
O mal estar permanente, gera
tristeza e desânimo. E, se somarmos a isso, condições emocionais e físicas de
pessoas que já estão em tratamento como é o caso das pessoas hipocondríacas,
depressivas e com síndrome do pânico, todo o panorama geral piora.
Conseguimos imaginar o que será
dessas pessoas que enfrentam cotidianamente essas doenças quando obrigadas a
conviver nesse novo cenário mundial?
Para pessoas que já se encontram
emocionalmente fragilizadas o pânico pode chegar a extremos podendo resultar
até mesmo em tragédias coletivas.
Cada um poderá adotar um
comportamento diferente de acordo com a sua personalidade, que é resultante da
sua história de vida, das suas experiências e nuances psicológicas.
Há quem, em pânico, vá saquear,
outros, atingir de maneira negativa o seu próximo, e alguns, em total
desespero, podem até atentar contra a própria vida. Posto que, por esses
motivos, os índices de desistência da vida podem também aumentar
assustadoramente.