Professoras
das áreas de Comunicação e Psicologia falam sobre a importância da informação
de qualidade e da reflexão sobre o excesso de conteúdos
Texto: Ana Paula Vieira
A pandemia causada pelo novo
Coronavírus (Covid-19) tem exigido a adoção de medidas sanitárias,
relacionadas à saúde, mas também uma série de ações de comunicação, que servem
para explicar e orientar a população sobre o agente causador da doença,
descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China.
Organismos nacionais e internacionais realizam ações informativas e de combate
às chamadas “fake news”, como a seção “Myth busters”, no site da Organização Mundial da
Saúde (OMS), que explica mitos relacionados à doença e o aplicativo
“Coronavírus SUS”, criado pelo Ministério da Saúde do Brasil para informar
a população sobre o assunto.
Na UFG, uma das primeiras ações
contra a Covid-19 foi uma campanha que circula nas redes sociais desde o dia 9
de março, informando sobre a prevenção da doença. Os canais oficiais de
comunicação da Universidade - Reitoria Digital, Secretaria de Comunicação,
Rádio Universitária e TV UFG - têm produzido conteúdos sobre o novo
Coronavírus diariamente. A professora da Faculdade de Informação e Comunicação
(FIC/UFG) Ângela Teixeira de Moraes explica que, em contextos como o da
pandemia, a Comunicação tem diferentes funções, sendo a primeira delas “Manter
a sociedade bem informada, com informações credenciadas, checadas e que
reflitam de alguma maneira aquilo que há de mais credível em termos de
explicação de uma situação e de compreensão de uma crise”.
De acordo com Ângela, outro papel
exercido pelo Jornalismo é a mediação: “A aproximação dos canais oficiais junto
à população. Nem sempre eles usam linguagem popular, não demarcam o objeto com
as curiosidades que a população tem e o jornalismo faz isso, essa mediação”.
Nesse trabalho, o jornalismo se configura como uma prestação de serviço,
conforme a professora ressalta: “Os jornalistas e comunicadores vão atrás de
esclarecer dúvidas apontadas pela sociedade. Essa mediação se faz relevante em
vários sentidos”.
Redes sociais
Além dos canais institucionais de
comunicação, vários perfis relacionados à UFG trabalham no sentido de informar
e explicar questões relacionadas ao novo Coronavírus. Mapeamento feito pela
Reitoria Digital da UFG neste mês de abril elenca 136 perfis no Instagram
relacionados à Universidade. Destes, aproximadamente 60 incluíram postagens com
orientações sobre a pandemia. Além de informações oficiais sobre o
funcionamento das unidades e atendimento dos setores, alguns desses perfis
explicam cientificamente aspectos do novo Coronavírus: o Laboratório de
Imunidade Natural (@lin_ufg), por exemplo, criou o “Ciência em Gotas”, que traz
vídeos de divulgação de artigos científicos publicados em revistas
internacionais sobre a Covid-19. Outros canais oferecem programação cultural
para o isolamento social, como o perfil @fav_ufg, que promove o “Anima FAV”,
com uma indicação diária de animação para curtir durante a quarentena. (Confira
lista de perfis abaixo)
Em meio a tantos perfis e
iniciativas, a importância da credibilidade das fontes é outra perspectiva
apontada pela professora Ângela Teixeira. Ela pontua que, atualmente, a
informação não está mais centralizada nos veículos de comunicação, pois todos
podem produzi-la e disseminá-la pelas redes sociais. “O público deve ser
bastante cauteloso no compartilhamento de informações, principalmente aquelas
de whatsapp, e procurar as fontes tradicionais. Por mais que esse veículos
tradicionais cometam erros, eles têm pessoas mais preparadas para checarem e
buscarem informação. Esses profissionais têm técnicas e acesso a fontes
confiáveis que o cidadão comum não tem, como especialistas e autoridades”,
analisa a professora.
Entre as dicas para encontrar
informações confiáveis e confirmar a credibilidade de conteúdos, a professora
Ângela recomenda uma breve pesquisa e sugere: “Não ficar com o primeiro
resultado do Google. Ver as credenciais do autor: o que estudou? O que diz é
mera opinião ou tem embasamento científico? Cruzar dados, ver se várias
plataformas estão dizendo a mesma coisa”.
Comportamento
A grande quantidade de
informações sobre a pandemia, por outro lado, também pode influenciar no
equilíbrio emocional durante o isolamento social. A professora do curso de
Psicologia da UFG Leilyane Oliveira Araújo Masson comenta: “Todo excesso já é
uma preocupação, e esse não é o excesso de qualquer informação, mas de uma
informação que provoca angústia”. Ela defende que não há uma receita única
diante dessa questão, pois a forma de lidar com as informações e a profusão de
atividades propostas no mundo virtual é individualizada e deve partir de uma
reflexão de cada um. “Algumas pessoas se sentem mais aliviadas quando estão
informadas, mas é importante cada um se perceber e se perguntar: essas
notícias, nesse horário, estão me deixando mais angustiados? De repente, tudo
bem na hora do almoço, mas no período da noite atrapalha o sono. Para alguns,
ver essas notícias de manhã provoca uma sensação de mal estar durante o dia
todo”, explica Leilyane.
Segundo Leilyane, o estado de
continuidade provocado pelo isolamento social também é outra questão
preocupante. “A descontinuidade provoca um alívio. Quando a gente para uma
atividade, começa outra, isso é organizador, mas nós estamos vivendo uma
continuidade, o que pode se tornar cansativo e adoecedor”. Entre as dicas, a
professora sugere fazer intervalos ao acessar as informações e se concentrar
nos sites e canais que cada um já confia, fazendo uma seleção: “Whatsapp é um
problema, no sentido das fake news. E se você se permitir fazer uma seleção de
grupos? Talvez silenciar alguns, prestar atenção a outros que trazem
informações interessantes”.
Além do excesso de informações,
um outro fenômeno surge na internet: a alta oferta de atividades e propostas do
que fazer em tempos de isolamento social. Para a professora, o excesso de
receitas do que fazer também deixa as pessoas meio atordoadas e a cobrança não
ajuda. “Tem dicas interessantes, mas é preciso que cada um se pergunte sobre o
que pra mim é importante e traz alívio. Também é importante se permitir
oscilar. Se aquele dia você acordou mais animado e está disposto a fazer o
treino na live, a ver como pode ajudar o outro, dar faxina, tudo bem. Outros
dias, acordar mais desanimado ou triste é compreensível no momento que estamos
vivendo. Estranho seria se estivéssemos animados para fazermos tudo que nos
recomendam. Essa oscilação é natural”, conclui Leilyane.
Confira lista de alguns perfis no
Instagram ligados a cursos, unidades e projetos da UFG que trazem informaçoes
sobre o novo Coronavírus:
Canais de comunicação
Secretaria de Comunicação - @ufgoficial
Reitoria Digital - @reitoriaufg
Rádio Universitária - @radiouniversitariaufg
TV UFG - @tvufg
Secretaria de Comunicação - @ufgoficial
Reitoria Digital - @reitoriaufg
Rádio Universitária - @radiouniversitariaufg
TV UFG - @tvufg
Unidades
acadêmicas/projetos/divulgação científica/cultura
@ciarufg
@centrodeselecaoufg
@camedvetufg
@fav_ufg
@labince.ufg
@ceiufg
@lagen.ufg
@inovacaoufg
@planetario.ufg
@gea.evz
@emacufg
@regionalgoiasufg
@caxim.ufg
@proec.ufg
@lad.ufg
@fl_ufg_oficial
@petnutufg
@musicoterapiaufg
@fen_ufg
@centrodelinguasflufg
@cecasufg
@geaf.ufg
@inf_ufg
@artesvisuaisufg
@evzufg
@face.ufg
@biblioufg
@ppgecoevolufg
@cacbioufg
@fcs_ufg
@prpg_ufg
@sibi_ufg
@gefruce.ufg
@ppgnut.ufg
@herbarioufg
@ime_ufg
@eaufgoficial
@labasfalto.ufg
@ipe.lab.ufg
@sertao.ufg
@cavnufg
@fic.ufg
@projeto.integrando
@bibliotecacajui
@ciarufg
@centrodeselecaoufg
@camedvetufg
@fav_ufg
@labince.ufg
@ceiufg
@lagen.ufg
@inovacaoufg
@planetario.ufg
@gea.evz
@emacufg
@regionalgoiasufg
@caxim.ufg
@proec.ufg
@lad.ufg
@fl_ufg_oficial
@petnutufg
@musicoterapiaufg
@fen_ufg
@centrodelinguasflufg
@cecasufg
@geaf.ufg
@inf_ufg
@artesvisuaisufg
@evzufg
@face.ufg
@biblioufg
@ppgecoevolufg
@cacbioufg
@fcs_ufg
@prpg_ufg
@sibi_ufg
@gefruce.ufg
@ppgnut.ufg
@herbarioufg
@ime_ufg
@eaufgoficial
@labasfalto.ufg
@ipe.lab.ufg
@sertao.ufg
@cavnufg
@fic.ufg
@projeto.integrando
@bibliotecacajui
@lamip.ufg
@nutricao.hc.ufg
@lahemoufg
@caracol.ufg
@lafarma.ufg
@nepih.fen.ufg
@ppgcb_ufg
@lin_ufg
@nutricao.hc.ufg
@lahemoufg
@caracol.ufg
@lafarma.ufg
@nepih.fen.ufg
@ppgcb_ufg
@lin_ufg
@musicanocampusufg
@praeufg
@centroculturalufg
@praeufg
@centroculturalufg
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para acrescentarmos à lista: reitoriadigital@ufg.br.
Fonte: Reitoria
Digital/ UFG