Assédio moral na universidade: como encontrar ajuda especializada na academia

Por: Luanny Arantes, Álvaro Felipe e Lucas Gabriel. 
O assédio moral nas universidades brasileiras tem se tornado um tema de discussão e debates impulsionados por docentes, discentes e ativistas sociais que enxergaram a problemática como um ataque sério aos direitos humanos e ao desenvolvimento intelectual  e científico. São casos registrados por estudantes, que são a grande maioria na comunidade universitária. As reitorias e secretarias de ações afirmativas possuem o dever de criar mecanismos de segurança, meios de contato para possíveis denúncias, campanhas de combate ao assédio, comissão especializada para tratar dos casos, entre outras atitudes.   Mas por que na universidade, que deveria ser um ambiente que proporciona conhecimento e segurança, tantas alunas, infelizmente, tem sofrido com essas situações? Por que alguns ambientes frequentados pelos universitários, dentro e fora da academia, se tornaram cenários de momentos traumatizantes para muitas discentes? 
Estudantes da UFG sofrem assédio moral em ambientes universitários
Esses fatos não se encontram distantes da realidade da nossa universidade. Nos ambientes frequentados por muitos estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG)  não foi difícil encontrar relatos reais sobre essa problemática. As discentes do curso de Relações Públicas Mikaelly (19), Natália (18) e  Emilly (20) já sofreram ou presenciaram atitudes  violentas e abusivas e relatam no  vídeo abaixo estas infelizes experiências. Confira:


UFG lança campanha de combate ao assédio moral

A Universidade Federal de Goiás (UFG) lançou a campanha “Assédio moral não é legal”  como uma iniciativa de orientar toda a comunidade universitária a identificar e evitar condutas abusivas que podem ser enquadradas como assédio moral e ainda para divulgar a Ouvidoria da Instituição como o canal ativo de denúncias. Além disso, a universidade desenvolveu a Comissão Permanente de Acompanhamento de Denúncias e Processos Administrativos Relacionados à Questões de Assédio Moral, Sexual e Preconceito, presidida pela vice-reitora, Sandramara Matias
Chaves,  que estimula ações dentro da academia como peças para e-mail marketing, cartaz, folder, banner, adesivo, posts e stories para os perfis da Universidade no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn. Para a vice reitora Sandramara Chaves, a comissão possui um papel fundamental para a universidade: “Eu considero que uma das atribuições mais importantes dessa Comissão seja de caráter educativo e preventivo, com foco para o esclarecimento da comunidade universitária a respeito do que se configura como assédio moral, como assédio sexual, como discriminação ou como preconceito", ressalta.

Como denunciar
As denúncias devem ser formalizadas junto à Ouvidoria da UFG pessoalmente ou pelo telefone (62) 3521-1149. Porém, se desejar você também pode ir ao gabinete do reitor, ou a uma das diretorias regionais da UFG.
As vítimas de assédio ou preconceito poderão ser encaminhadas ao Programa Saudavelmente, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), ou a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Pró-Pessoas), para acompanhamento psicológico especializado.
Para fazer a denúncia, é necessário formalizar, por escrito e da forma mais detalhada possível, informando tudo o que aconteceu fornecendo a maior quantidade de dados e claro, a sua identidade será mantida em sigilo total quando solicitado. Quando houver envolvimento de criança e adolescentes estes devem estar acompanhados pelo responsável.
E lembre-se: você não está sozinha, denuncie e ajude a acabar com estas atitudes machistas, violentas e abusivas dentro e fora da academia.